Para começar….

As mentiras do futebol

Costumo dizer que “o futebol não tem e não aceita verdades absolutas”. São aquelas afirmações embasadas nos históricos recentes, de clubes e times. E os exemplos estão por aí, confrontando a ousadia de quem não concorda com a história.

Se antes eram apenas jogadores e treinadores que sustentavam a minha tese, hoje posso acrescentar também as administrações. Assim como dentro de campo, fora dele quem deu certo ontem, pode não acertar hoje e, pior, vira uma ameaça ao futuro. E no futebol o futuro é hoje!

Vou focar o assunto com um exemplo bem claro, no Figueirense. Os mesmos dirigentes que no início dos anos 2000 transformaram o clube em case de positiva discussão nacional, retornaram recentemente e colocaram um dos mais conceituados clubes do futebol brasileiro, num momento dramático e com futuro incerto e ameaçador.

Os fatos estão aí, à vista e avaliação dos torcedores. Resta saber que providencias terão a coragem e o discernimento de aplicar, os responsáveis por uma mudança de rumo: os inertes integrantes do Conselho Deliberativo.

Ou será que as vitórias pela Copa Santa Catarina, contra o time alternativo da Chapecoense e o anúncio de novos parceiros de negócios internos, vão mudar os rumos futuros?

Passagem Bíblica

Sem os mesmos riscos do Continente, na Ilha também a UTI está pronta para uso. O presidente do Avaí, Júlio César Heerdt, que, inexperiente prometeu o céu, mas está abandonando o barco que se encaminha para o inferno.  Júlio passou sua gestão centrado em criticar seu antecessor, Francisco José Battistotti, navegou em águas revoltas e agora, na véspera da escolha de uma nova gestão, dá às costas para o futuro que ele próprio criou. Como já dizia Salomão: “A soberba precede a queda”.

Sempre tem um

Como tem acontecido sistematicamente em jogos mais “quentes”, em Palmeiras 0 x 0 Cruzeiro, entre 40.209 pessoas no estádio, apareceu um imbecil para jogar uma garrafa plástica – com liquido pela metade – nas costas do goleiro Cássio (Cruzeiro).

Uma vítima vencedora

O time feminino Avaí/Kindermann (sediado em Caçador e amparado pelo Avaí) foi campeão estadual depois de empatar em zero com o Criciúma. A vitória veio nas penalidades, mas premiou um grupo que está enfrentando dificuldades que quase originaram um “W.O.” (Walkover) que significa, entre outras interpretações, desistir do jogo. O time – com um histórico inigualável de vitórias – está sendo vítima de uma administração vexatória.  Aliás, o futebol feminino catarinense precisa ser repensado e apoiado.

O Bugre simpático

Apesar da derrota em casa (0x1 para o Jaraguá), o Guarani (Palhoça) que venceu a primeira partida por 2 a 0, foi Campeão Catarinense da Série C pela terceira vez e vai disputar a Série B, em 2026, juntamente com o seu adversário de ontem. O simpático Bugre de Palhoça, também ganhou os campeonatos de 2003 e 2012. Agora vai, de novo, encarar as dificuldades de uma convivência com torcedores de Avaí ou Figueirense.

Guarani (Palhoça) Campeão Catarinense Série C 2025. Foto: FCF

Os caminhos do futebol

Dois profissionais, da mais alta competência, jamais imaginaram que um dia estariam frente a frente num Continente diferente do de onde foram formados e projetados: o Europeu. Abel Ferreira (Palmeiras) e Leo Jardim (Cruzeiro). Os dois já trabalharam juntos no Sporting (Benfica). Jardim como titular e Abel, seu auxiliar.

Cuidem deles

A CBF criou um grupo de trabalho para avaliação e sugestão de medidas para melhorar a arbitragem. Espero que ele trate de um aspecto de suma importância: a preparação desses árbitros em suas federações. Em algumas delas e não raras vezes, os próprios árbitros são os responsáveis por suas preparações técnica e física. A exceção fica para o curto espaço que antecede os estaduais.

Logo, o caminho é a urgente profissionalização extremamente difícil num País com dimensões continentais.

O que já foi bom

A atual situação do Figueirense parece estar refletida nas condições do estádio Orlando Scarpelli, que já foi exemplo de limpeza, comodidade e acessibilidade. A começar pelo seu gramado e passando pelas suas principais dependências, reflete bem como o clube está sendo administrado.

E os gramados?

Por falar em gramados, eles deverão ser (de novo) o calcanhar de Aquiles para a Federação Catarinense de Futebol. O do estádio Alfredo João Krieck (Rio do Sul), está sendo trocado, mas com possibilidades de não ficar pronto até o início do estadual; o do Augusto Bauer (Brusque) está reprovado pela FCF e CBF como informei à época e fui desmentido e o da Arena Joinville, também para ser substituído, estão no radar do Departamento de Competições da FCF.

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