A MAGIA DO FUTEBOL

O futebol brasileiro entra numa fase de definições em suas maiores competições, as séries A e B e a Copa do Brasil e o futebol catarinense pega uma carona nesse importante momento, começando a reta final do seu segundo maior evento, a Copa Santa Catarina. Os semifinalistas Figueirense, Joinville, Marcílio Dias e Blumenau, alimentam o sonho de todos os clubes brasileiros: estar na Copa do Brasil. E quem vencer a competição terá seu lugar de honra no cenário nacional. Mesmo que as perspectivas de uma duração mais longa sejam frágeis, o simples iniciar representa uma excelente compensação financeira, o que motiva e aumenta o desejo dos nossos quatro postulantes.

Lendo e ouvindo os chamados analistas do futebol, constato a surrada projeção de que ganhar em casa é o que mais importa, para garantir a vaga à grande final. Mas o nivelamento dos times pode desmentir isso. Se não houver um equilíbrio de produção e uma disputa com inteligência para suprir a inexistente técnica, vencer em casa, no primeiro confronto, pode não garantir absolutamente nada.

Vide o que ocorreu na Libertadores. Se a vitória (3×0) no primeiro jogo parecia garantir a LDU na final da Libertadores, no confronto final com o Palmeiras a chamada “magia do futebol” se encarregou de mostrar ao contrário. A inteligência verde fez 4 x 0, superou as expectativas e derrotou a velha tese de que ganhar em casa, garante a vitória final. Que se cuidem, pois, os nossos sonhadores.

E não convém impor comparações (Libertadores x Copa estadual) pois as regras impostas pelo futebol costumam ser universais.

O Rei da América

Apesar dos problemas técnicos e administrativos apontados diariamente, o futebol brasileiro continua reinando na América do Sul, com a nova final da Libertadores agora entre Palmeiras x Flamengo. É a quinta vez nos últimos sete anos, que a decisão é cem por cento brasileira. Com mais um título o Brasil chegará a 25 conquistas, igualando a Argentina, mas terá o primeiro tetra da competição. Flamengo, Palmeiras, São Paulo, Grêmio e Santos já têm três cada.

Quem será o nosso tetra?

Mambembe

Nascido em Camboriú, onde jogava no simpático estádio Roberto Santos Garcia (Robertão) o Camboriú FC virou um clube “mambembe”. Sem acerto com a prefeitura local para utilizar o municipal Robertão, o clube mudou sua sede para a cidade de Imbituba onde disputou o estadual da Série B. Com acesso para a série A e com o estádio fora das exigências para o campeonato, teve que procurar uma nova casa e encontrou. Pagará aluguel e jogará em 2026 no Orlando Scarpelli (Florianópolis) de propriedade do Figueirense. O problema agora será da federação: montar a tabela numa cidade com três clubes: Avaí, Figueirense e Camboriú.

Será verdade?

Dizem que o prefeito de Florianópolis não gosta de esporte e parece verdade. A cidade tem limitações extremas para a prática das diferentes modalidades e as coletivas sofreram dois recentes e duros golpes. Primeiro, o repasse do Ginásio Carlos Alberto Campos (Estreito) para o Figueirense, deixando a comunidade local sem piso e sem teto. Agora foi o Ginásio Saul Oliveira, o conhecido Capoeirão, palco de grandes jornadas em nível nacional, especialmente no vôlei ao tempo da CIMED. Caindo aos pedaços e representando perigo até para seus vizinhos, o Capoeirão foi ‘tomado’ pela Secretaria Estadual de Educação, com a promessa de uma rápida revitalização.

As eleições

Alguns clubes catarinenses estão em procedimento sucessório. Três deles com situações diferentes, mas em todos o sonho da paixão parece dominar qualquer obstáculo imposto pela razão.  E como escreveu o escritor checo, Milan Kundera, em seu livro A insustentável Leveza do Ser, “quando o coração se manifesta não é conveniente que a razão faça restrições”. Então, vamos às urnas.

No Oeste

A Chapecoense, acertadamente, manterá a atual diretoria, com a liderança de Alex Passos que já renovou contrato com a experiente e competente comissão técnica. O técnico Gilmar Dal Pozzo, o executivo de futebol, João Carlos Maringá e o coordenador técnico Rafael Lima continuarão no clube em 2026.

No Sul

O Criciúma encaminha a eleição de Pedro Paulo Milanez Canella, com um extraordinário reforço: a presença do ex-presidente Moacir Fernandes, o mais vitorioso dirigente do futebol catarinense.

Na Capital

Já em Florianópolis, o Avaí tem dois concorrentes para a sua presidência: Bernardo Pessi e Renan Schlickmann. Uma disputa salutar com uma responsabilidade extrema: devolver ao clube não só a competência administrativa, mas também a qualidade técnica em sua principal atividade, o futebol.

Memória

Dois saudosos amigos. José Elias Giuliari, ex-presidente da Liga Joinvilense e da Federação Catarinense de Futebol, com Leopoldo Schroeder (Léo César) que marcou época como narrador esportivo em Joinville.

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