A dupla conquista do Marinheiro.

A Copa Santa Catarina, cujo valor é ignorado por alguns segmentos do meio esportivo – inclusive da prática desportiva – teve um justo vencedor. Em seu estádio, em Itajaí, o Clube Náutico Marcílio Dias passou pelo Hercílio Luz por 2 x 1 (no primeiro jogo foi 0x0) e adquiriu o direito de ser mais um representante catarinense na Copa do Brasil 2023. Com a conquista, o marinheiro será o adversário do Brusque na decisão da Recopa, no dia 12 de janeiro, no Augusto Bauer, em Brusque. O jogo reúne as duas principais equipes do Vale do Itajaí e sempre é cercado de uma rivalidade incontestável.

Presidente da FCF, Rubens Angelotti fez a entrega da Taça Maury Werner ao Marcílio Dias.
Foto: FCF/Divulgação

Defendendo o conceito de que “o futebol não aceita verdades absolutas” entendo como acertada a rápida ação do Avaí na contratação do seu novo Diretor Executivo de Futebol, André Martins. O clube azurra me parece ter sido rápido e preciso. Planejamento, contratações (técnico e jogadores) necessariamente devem passar por ele, conhecido o pensamento e a ambição da instituição.

A Seleção Brasileira de Futebol começa nesta segunda-feira (14) o seu trabalho de preparação para a Copa do Mundo, no Qatar. Na cidade escolhida, Turim (Itália) tive um dos momentos mais tristes da minha carreira de jornalista. Foi ali, no antigo estádio Delle Alpi, que perdemos para a Argentina (1×0) e saímos da copa de 1990. Era a minha primeira das sete copas, e o choro foi inevitável.

Encerrada as disputas estaduais, ficou a eterna dúvida de quem representará Santa Catarina na Copa do Brasil. Além do Brusque, campeão estadual; o Camboriú, vice-campeão; Avaí, Chapecoense, Marcílio Dias e o Criciúma que teve seu direito discutido na formação do ranking da nossa federação junto a CBF. Aliás, acho um erro – talvez o sistema tenha suas justificativas – para esta dúvida. Entendo que os campeões da competição – e o Criciúma é um deles – deveriam ter direito adquirido. Se por qualquer razão um deles não puder disputar, que se abra espaço, sem substituição. Mas campeão não pode ficar de fora quando não consegue a vaga em outros critérios.

No futebol voltamos a ser o “Zero da Cento e Um”, um termo que eu usava ainda quando colunista do DC na década de 1990. Era uma referência ao nosso “status” negativo entre o Paraná e o Rio Grande do Sul. A Copa Sul Minas (2000/2001/2002) nos ajudou a elevar o patamar para em 2015 chegarmos aos quatro clubes na Série A (Figueirense, Avaí, Chapecoense e Joinville).

Para 2023, voltamos ao zero. Lamentável.

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