As Minhas Sete Copas!

Jornalista esportivo algum vai negar que trabalhar em uma Copa do Mundo de Futebol é o seu sonho. Verdade que alguns preferem os Jogos Olímpicos, pelos quais nunca nutri maior atração, mas que, igualmente representa o ápice profissional.

Com o privilégio de ser o jornalista catarinense com o maior número de credenciais da FIFA, registro as “minhas Sete Copas” cuja sequencia interrompo hoje, quando a Rússia começa a nos apresentar o novo desfile por um sonho que poucos realizam.

Minha primeira chance de ir à Copa do Mundo foi em 1978, na Argentina. Na Rádio Gaúcha (Porto Alegre), estive para ser credenciado, mas compromissos profissionais em Florianópolis (era funcionário da Secretaria Estadual da Educação) não me permitiam ausência tão prolongada. Fiquei no Brasil e durante a Copa transmiti, pela Gaúcha, o Campeonato Brasileiro que continuou durante o mundial.

Em 1982 não tive qualquer chance, mas em 1986, já na RBS de Santa Catarina, o escolhido foi o colega Luiz Carlos Prates, já com vasta experiência na competição.

1990 – Mas em 1990, realizei o sonho quando fui escolhido para integrar a equipe da RBS na Copa da Itália. Uma frustração, pois perdemos para a Argentina, no Delle Alpi, em Turim e saímos mais cedo da competição.

1994 – A primeira consagração profissional foi em 1994, nos Estados Unidos, na grande conquista do tetra, na Copa dos Estados Unidos. Um trabalho já com o avanço tecnológico que nos permitia enviar matérias via celular, a partir do local do treino e do próprio carro. Era a grande novidade.

1998 – Quatro anos mais tarde, na França, a minha terceira Copa e mais uma decepção, com a derrota para a França numa final recheada de problemas envolvendo o nosso maior craque, Ronaldo Fenômeno.

2002 – Já fora da RBS – que deixei em 1999 – iniciei um processo de prestação de serviços, me credenciando na FIFA através do meu escritório de assessoria e comunicação. Foi uma Copa diferente, disputada de forma inédita em dois países: Koreia do Sul e Japão. E com o pentacampeonato brasileiro.

2006 – O mesmo processo de credenciamento repeti na competição seguinte, em 2006, na Alemanha. Certamente a Copa mais organizada das que participei. Tudo funcionou como o desejado.

2010 – Um grande desafio era cobrir a Copa da África do Sul, o que só foi possível com a indispensável parceria com a ACAERT – Associação Catarinense das Emissoras de Rádio e Televisão – produzindo comentários diários para serem veiculados nas emissoras filiadas à entidade. Um sucesso.

2014 – Finalmente chegou a tão sonhada Copa no Brasil, em 2014, com um problema no credenciamento pois minha empresa era de Comunicação e Marketing. E Marketing, na Copa, é exclusividade da FIFA. Fui amparado pelo jornal Correio Lageano e por ele credenciado, produzindo colunas diárias também para o Município Dia a Dia (Brusque), Gazeta (Jaraguá do Sul) e Diário de Notícias (Criciúma). Outra vitória pessoal e profissional.

2018 – Um conjunto de fatos, alguns pessoais outros profissionais – me fizeram optar por ver a Copa da Rússia, na televisão. A partir de hoje vou viver intensamente, mas de forma diferente, um evento que sempre me exigiu sacrifícios e muita dedicação. Espero não me arrepender de ter trocado as dificuldades de uma cobertura, pelo sossego que nem sempre agrada um jornalista. Mas sempre com o pensamento positivo.

Que venha o Hexa!

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