“Esporte, o nosso patinho feio…”

Outro dia anunciei, aqui mesmo neste espaço, que estava ratificado o nome do ex-deputado Bruno Souza, como o novo Diretor Presidente da Fesporte (Fundação Catarinense de Esporte).

Errei, e peço desculpas. 

Estava esperando pela reação da comunidade esportiva sobre a nova nomeação – como disse no texto – e ela veio em massa. Alguns amigos, outro tanto de conhecidos e até desconhecidos, rapidamente me desmentiram e encaminharam rumos para as tentativas de solução. 

Poucas das informações das chamadas “fontes seguras” como gostam de dizer, indicavam a tentativa do atual Governador Jorginho Mello em encontrar a solução para o esporte, dentro do esporte. Apesar de ele ter afirmado à amigos que gostaria de ter um consagrado atleta à frente da Fesporte, direcionou ações mais políticas do que esportivas, para tentar nomear o novo comandante do esporte catarinense. Parece que a preocupação é mais encontrar uma solução política. 

No meio, as ações são tímidas. Alguns dirigentes, calejados pelos insucessos anteriores de ter um nome à altura da tradição esportiva catarinense na Fesporte, preferem silenciar. Outros, mais afoitos lançam seus nomes aos “vizinhos” numa disfarçada tentativa de tornar suas aspirações o sucesso do movimento de uma bola de neve. Mas parece que até agora nada disso funcionou. E o esporte catarinense continua sendo o “patinho feio”, como ocorreu em outros governos. 

+Na busca da explicação pela repentina “saída de cena” do ex-deputado, encontrei muitas informações. As candidaturas de Bruno Fernando Lopes Ventura; as lembranças de nomes como Osvaldo Junklaus, Cel. Lemos (ex-diretores) e de Miriam Dolsan (Joaçaba) pontearam informações recheadas de desejos, rejeições e apostas.

Adalir Pecos Borsatti, primeiro presidente da FESPORTE.

+Por fim, quem mais quente esteve no final de semana foi o movimento de um grupo de ex e atuais funcionários, com vontade de ver a Fesporte nas mãos de Adalir Pecos Borsatti (primeiro presidente da entidade em1993) e Dárcio de Saules, que por muitos anos foi um dos responsáveis pela área técnica da instituição. Dois extremos administrativos: Pecos é político, negociador, enquanto Dárcio é pedra dura, o chamado “pavio curto”. Mas dois nomes do meio, renomados e competentes.

+ No centro de tudo isso, uma outra notícia trazida pelos ventos palacianos. Seria desejo do atual Governador, ter o Esporte abrigado no mesmo teto da Cultura e do Turismo, perdendo o status de fundação, mas ganhando (e oferecendo) como diretoria, uma solução administrativa e política mais fácil de ser equacionada, especialmente pelo expressivo número de remanescentes da antiga SOL (Secretaria de Cultura e Esporte) na atual e  misteriosa casa da rua Comandante José Ricardo Nunes.

Livro

Para não dizer que não lembrei do futebol… vamos olhar a classificação do Campeonato Catarinense da Série A e o rendimento de alguns dos nossos clubes, para sugerir uma oportuna leitura. Quem sabe ela nos apresenta algumas soluções ou o futebol é assim mesmo? A verdade é que aquela velha máxima de que o futebol não tem verdades absolutas, continua cada vez mais em moda. E cada vez mais difícil de alguns dirigentes tentarem explicar o inexplicável. Como o fundo do poço está cada vez mais próximo, o melhor é justificar com o “faça o que eu digo, não faça o que eu faço”.

1 thought on ““Esporte, o nosso patinho feio…”

  1. Que pena ver o esporte de Santa Catarina ainda sendo tratado como moeda política. Temos talentos espalhados por todos os cantos do Estado e que só precisam de oportunidades.

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