COLUNA DMA – (05.11.2025)

Os dois patetas

Não desejava um assunto tão triste para o futebol, mas ele é infalível pois foi a nota mais negativa da semana.

Sob a organização da Federação Brasileira de Treinadores de Futebol, proteção da Confederação Brasileira de Futebol, os técnicos se reuniram num discutível e desnecessário “Fórum Brasileiro” que, historicamente, não tem servido para absolutamente nada. O da semana, não foi diferente. Em meio a uma dezena de assuntos que poderiam melhorar a preparação da categoria, dois ex-treinadores resolveram ditar uma independência que não exerceram quando em atividade.

Oswaldo de Oliveira e Emerson Leão, manifestaram contrariedade pela presença de técnicos estrangeiros no Brasil, diante do mais importante deles, o da Seleção Brasileira, Carlo Ancelotti, convidado para o evento.

Sem contar que Oswaldo e Leão foram deselegantes, desrespeitosos e preconceituosos, eles jogaram no lixo a principal finalidade do evento, que pretendia e deveria ser acadêmica.

Não há como ignorar o número de treinadores estrangeiros no futebol nacional, mas o fato precisa sem encarado como um desafio para que as deficiências e o desprepara dos nacionais, sejam superadas.

E, igualmente, é bom lembrar que os dois exerceram suas profissões fora do País e, por fim, que o próprio Leão teve sua primeira chance como jogador, com um treinador estrangeiro: o argentino Filpo Nuñes. Patético.

Cadê os títulos?

Para não ser injusto com os treinadores citados, busquei por conquistas deles no futebol brasileiro. Só encontrei o título de 1999 (Corinthians) para Oswaldo de Oliveira e o de 2002, para o Emerson Leão, treinando o Santos.

Será que estou errado?

Reciprocidade

Em boa hora a CBF se manifestou através nota oficial do seu Diretor de Futebol, Gustavo Feijó, repudiando as falas que considerou ´preconceituosas e desnecessárias´. Feijó ainda lembrou que as manifestações “não refletem o sentimento do povo brasileiro” e encerrou pedindo que “os treinadores de fora do país sejam acolhidos com a mesma consideração que desejamos aos nossos profissionais em outros países”.

Será?

Sei não, mas parece que depois que souberam que o atual presidente, Júlio César Heerdt, vai deixar o clube, os jogadores do Avaí mudaram de postura e não perderam mais.

Num fio de linha

As diversas opções que o título da competição oferece aos clubes, transformaram a Copa Santa Catarina na mais importante das últimas já disputadas. Copa do Brasil e Série D se misturam à possibilidade da histórica conquista. Figueirense, Joinville, Marcílio Dias e Blumenau dividem as honras e as chances de cada um formam um verdadeiro jogo de xadrez.

Indefinições

Continua o impasse com vistas ao Campeonato Catarinense de Futebol 2026. Se o Camboriú já resolveu o seu problema, alugando o estádio Orlando Scarpelli para mandar seus jogos, outros clubes ainda estão com incertezas. O gramado sintético do estádio Augusto Bauer terá que ser trocado para jogos do Carlos Renaux. O Brusque, sem acerto com o Renaux, ainda procura uma casa, enquanto os gramados de Joinville, Rio do Sul, não se sabe se ficarão prontos em tempo. Em Rio do Sul foi constatado que a água do Rio Itajaí Açu não serve para a irrigação, pois pode comprometer o crescimento da grama que ainda não começou a ser plantada. A prefeitura está colocando reservatórios de água para resolver o problema. Tem mais: os gramados do Figueirense, Marcílio Dias e Concórdia, também terão que ser melhorados.

Relembrando…

O ano é o ‘recente’ 1965, local, o estádio Municipal Alfredo João Krieck (Rio do Sul) ainda sem alambrado e com um cercado de madeira como única proteção. Devidamente ‘protegidos’ por dois guardas municipais, o saudoso apresentador Nilton Novaes e o repórter que subscreve este espaço. Notaram a elegância? O narrador era Osny Gonçalves (Rádio Mirador), o jogo, apesar de recente… não lembro.

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