Passava das duas horas da madrugada do dia 29 de novembro de 2016 quando fui despertado pelo amigo Julio César W. Pereira. Com voz angustiada me perguntou: O senhor está vendo televisão? Diante da resposta negativa, completou: O avião da chapecoense caiu!
Desliguei o telefone e passei para a TV, única fonte de informação naquele momento. As horas seguintes foram de angústia em busca de notícias que pudessem elucidar o acidente, saber de sobreviventes e substituir as dúvidas que habitavam no universo dos noticiários. Foi um dia pesaroso, pois a cada momento chegava uma triste novidade. Por fim, a confirmação da catástrofe que se abateu sobre o mundo ceifando a vida de um time, uma delegação, dirigentes, jornalistas e tripulantes. E, entre eles, alguns muito próximos como Mário Sérgio, quando ele treinou o Figueirense; André Podiack, do Diário Catarinense; Fernando Schardong, meu vice-presidente da ACESC no Oeste.
Entre os dirigentes Sandro Pallaoro, um presidente que mudou o conceito administrativo dos clubes no futebol catarinense e, especialmente DELFIM PÁDUA PEIXOTO FILHO, presidente da Federação Catarinense de Futebol.
Fui escolhido pela família para ser o orador na cerimônia fúnebre realizada na FCF. Ali tive a oportunidade de manifestar minha ligação e meu sentimento pela perda de um amigo tão próximo e tão leal.
Através dele, tão esquecido por boa parte da mídia catarinense que sempre o bajulou nos momentos de interesse, deposito meu sentimento de dor pela tragédia a todas as famílias.
Pelo que representaram, Delfim e Pallaoro deixaram lacunas que não serão preenchidas tão cedo no futebol catarinense. Nas fotos, na última posse de Delfim como presidente da FCF; com Sandro Pallaoro e Fernando Schardong na Arena Condá, e com o presidente Delfim e o amigo jornalista paraense Zaire Filho, em visita a sede da Federação Catarinense de Futebol.
Posse Delfim de Pádua Peixoto Filho – FCFSandro Pallaoro e Fernando Schardong na Arena CondáPresidente Delfim e o amigo jornalista paraense Zaire Filho
